Resolvi encher esse Saco com bolinhas!...
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Mais castelos de areia
E por falar em castelos de areia...
Vários
Cada um maior e mais bonito que o outro
Horas de dedicação ao vento, ao sol e ondas desalmadas
Com cinismos de vai-e-vem
O esmero o fez chegar ao ponto da dedicação total
E ininterrupta
Energia descontrolada
A jogar-se em ondas
Sobre o trabalho que se queria perfeito.
Um a um enfileirados,
Bonitos
Belamente esnobes.
Bandeirinhas coloridas sobre as torres
Onde supostamente debruçam donzelas apaixonadas
Ou sobre as quais voam bruxas de vestes negras.
A envolvê-los, a grama molhada dos sargaços
Colhidos a título de verossimilhança,
Fruto da exigência do artífice.
E vejam vocês:
Em plena praia tropical
Jaz na areia um castelo medieval,
Um logro tão grande quanto sua óbvia insensatez.
Veste-se com muito mito e aparência estrangeiros,
Tão mentirosos quanto fugazes,
Permitindo-se à ousadia
De encher de alegria
O coração de um pobre diabo.
Mas o tempo passou e a maré subiu.
Paula Dórica
domingo, 17 de agosto de 2008
A Lua
"Já viu a lua hoje? Ela está linda!"
Que ela mantenha eternamente essa sensibilidade, essa percepção por tudo de belo e maravilhoso que a Natureza nos oferece; por tudo que é digno de ser visto, apreciado.
Sempre tive uma certa ligação com a lua, como que se dela emanasse uma força, um poder mágico, uma vibração, um certo magnetismo, exercendo um fascínio indescritível, como se exigisse ser adorada, contemplada. De alguma maneira me influencia, não posso negar. Nem sei explicar direito, é mais como se um outro ser me enfeitiçasse e serenamente me conduzisse, de forma a sentir a sensação de ser absorvido pelo que não existe. É algo mais do meu próprio interior, do meu íntimo mais oculto.
E assim vai me levando para caminhos dentro de mim, ora para me conhecer, me descobrir, ora para lembrar quem e o que eu sou, distanciando-me dos problemas, refletindo pontualmente nas aspirações que verdadeiramente me movem.
Místico ou não, esotérico ou não, tiro proveito de tudo, respeitando esse poder como se respeitasse uma Deusa da Lua. Uma deusa que não reina apenas dentro do meu universo. Depende de você.
Márcio Luiz Soares
sábado, 16 de agosto de 2008
Madonna surpreendente
Não sei o que mais admiro nela, se é o fato de estar sempre me surpreendendo (só eu?!), se é sua capacidade de se reinventar, sua irreverência, sua personalidade forte, suas atitudes (ora questionáveis, ora exemplares), seu apetite pelo sucesso ou seu talento para sempre estar em evidência.
Acompanho sua carreira desde 1982 e a princípio julguei mal como seria sua carreira, achei que apenas iria, por um breve período, ditar moda e incitar a rebeldia. Relativamente, até que durou pouco mesmo, bem diferente do que se tornaria ao longo dos anos a rainha do pop, da dance music. Sempre gostei de ver que quanto mais ela se transformava numa celebridade a frente do seu tempo, mais gerava polêmica, com seu comportamento, com suas músicas, suas apresentações e seus clipes.
Ah! Os clipes! Nunca mais foram os mesmos depois dela (e do Michael Jackson, claro). Há muito tempo seus clipes se tornaram um diferencial representativo em sua carreira por serem envolventes, marcantes, alguns polêmicos e outros que apenas fazem o que os clipes de qualidade conseguem: alimentam os olhos.
Artista determinada, consciente de sua fama, e que sabe lidar com a mídia utilizando a mesma para se projetar, catapultou sua carreira com suas jogadas de marketing ao querer chocar para que todos sempre falassem dela, comprando seus álbuns e indo a seus shows. Ou seja, enriquecendo.
Ela merece esse sucesso todo e nós, fãs, merecemos ficar babando e reverenciando suas atitudes e balançando o esqueleto, seja numa balada, na sala de casa ou dentro do carro - como vou fazer logo mais com recente sucesso, Give it 2 Me.
Seria interessante escrever mais sobre tudo o que penso e sei sobre a Madonna, mas receio que poderia soar redundante além de se tornar perigosamente enfadonho.
Espero que ela continue firme no seu posto de rainha do pop por um bom tempo, nem que seja durante o mesmo tempo que durar o meu interesse ou o meu ávido desejo por tudo que é surpreendentemente Madonna.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Círculo Vicioso
Estive a pensar sobre nós mulheres e constatei algo que acredito não ser novidade para os homens. Segundo eles, somos seres estranhos. E o pior é que realmente somos.
Sempre achei que eles eram os grandes culpados pela excessiva vaidade feminina. Engano! Sábado estive numa festa e foi lá que cheguei a essa conclusão, observando o comportamento de algumas de nós. Na verdade, comecei a fazê-lo há algum tempo, mas esse dia foi crucial para que minhas dúvidas se dissipassem.
Percebi que as mulheres não gastam horas do seu dia pensando no que vestir, em que acessório ou perfume usar simplesmente para agradar o marido ou namorado, ou quem sabe, chamar a atenção de alguém especial. Não, isso seria simples demais. Não é dessa forma que funciona a cabeça da maior parte das mulheres. Elas se "vestem para matar", não para atrair os olhares masculinos e sim para "matar" de inveja todas as outras. Isso mesmo. A festa não teria a menor graça se todas as "amigas" não se voltassem para olhar a entrada triunfal. Só isso faz valer a pena todo o tempo gasto diante do espelho e as intermináveis horas pensando no que usar. Como pode? Os homens são tão menos complicados. Eles simplesmente põem-se diante do armário, escolhem uma camisa adequada para a ocasião e pronto. Jamais pensariam em ser admirados pelos amigos só pelo que estão vestindo. Nunca gastariam horas do seu tempo imaginando a raiva que aquele "amigo" sentiria ao vê-lo tão elegante! Seria até engraçado ouvir um homem dizendo que arrasou na festa com sua linda camisa nova! Ou que todos os homens morreram de inveja da sua calça bem transada. Não, o que os faz vibrar de verdade é saber no dia seguinte que todos os outros teriam dado tudo só para ter aquela bela e invejada mulher ao seu lado.
Tão diferentes e tão iguais. Mulheres, homens, todos vivendo num grande círculo vicioso, na busca incessante por elogios e galanteios. Não podemos negar que isso tudo faz bem ao ego e também a alma, mas convenhamos que chegam a ser patéticas certas situações. Se essas pessoas dedicassem uma pequena parcela do seu tempo ao que realmente importa, sem dúvida seriam bem mais felizes e viveriam num mundo bem melhor.
Kátia Martins
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Reconstruindo nossos castelos
Sou amante de todo tipo de leitura, romances, poemas, provérbios, até aquelas frases de pára-choques de caminhão estão valendo pelo bom humor e irreverência que transmitem, e por aí vai... Sendo bom, vale tudo!
Faço questão de guardar alguns textos que me marcam de certa maneira e me fazem lembrar de pessoas ou momentos importantes. Alguns felizes e outros que não gostaria de lembrar. Mas a vida não é para ser lembrada somente pelos momentos felizes (aliás, estes muitas vezes passam despercebidos) mas, principalmente por alguns que não diria "infelizes" e sim "difíceis". Afinal, são estes momentos que nos fazem crescer, evoluir como pessoas.
Ao passar por um dos momentos de dificuldade da minha vida, senão o mais difícil, me apossei de uma determinada mensagem que considero muito, pois me ajudou a enfrentar os problemas pelos quais estava passando.
Deixo aqui a mensagem para apreciarem. Espero que gostem.
Margareth Itou Pinheiro
São pequenas as coisas que no ensinam muito.
Num dia de verão, eu estava na praia, espiando duas crianças na areia. Trabalhavam muito, construindo um castelo de areia molhada com torres, passarelas e passagens internas. Quando estavam perto do final do projeto, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo a um monte de areia e espuma.
Achei que as crianças cairiam no choro, depois de tanto esforço e cuidado, mas tive uma surpresa: em vez de chorar, correram para a praia, fugindo da água, rindo, de mãos dadas, e começaram a construir outro castelo.
Compreendi que havia recebido ali uma importante lição: tudo em nossas vidas, todas as coisas que gastam tanto de nosso tempo e de nossa energia para construir, tudo é passageiro, tudo é feito de areia; o que permanece é só o relacionamento que temos com as outras pessoas.
Mais cedo ou mais tarde, uma onda virá e destruirá ou apagará o que levamos tanto tempo para construir. E quando isso acontecer somente aquele que tiver as mãos de outro alguém para segurar, será capaz de rir e recomeçar.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
O Coringa definitivo
Mais uma vez o vilão rouba a cena. A atuação de Heath Ledger está fantástica. Que Jack Nicholson que nada! Para muitos Nicholson teve uma atuação suprema - eu nunca considerei assim, apesar de ter gostado. Ledger simplesmente absorveu o Coringa dos quadrinhos (de Alan Moore e de Frank Miller) e o trouxe para a telona, do jeito que eu conhecia e apreciava, isento de qualquer caricatura e único. Para ser mais exato, o ator incorporou o personagem de uma maneira fenomenal. Pena que o ator tenha falecido tão precocemente, certamente teríamos o privilégio de ver outras grandiosas interpretações. Especula-se que vai concorrer ao Oscar. Merecido.
Para mim a melhor versão deste doido nos quadrinhos foi em A Piada Mortal, de Alan Moore. A história tem diversas tramas paralelas, cheia de simbolismo, de ótima narrativa e surpreendentemente profunda, seja no aspecto psicológico e na linguagem. De seu Coringa, aparentemente um criminoso comum, humano e lúcido, ele extraiu um homem totalmente insano e violento. Logo abaixo, bem encostadinho, na graphic novel Batman - O Cavaleiro das Trevas, temos o Coringa de Miller, a própria encarnação do mal, implacável. Aliás, para ambos autores o Coringa era o mais implacável dos inimigos de Batman, e o mais respeitado, pode-se assim dizer. Se gosta de HQ de qualidade e tendo chance, leia estas versões do Batman (assim como Batman Ano Um, também de Miller). São imperdíveis. Considero o Batman de Frank Miller um pouco superior ao de Alan Moore, e na minha opinião, foi em quem Nolan se baseou para retratar o Dark Knight nos filmes, um personagem tenso e sombrio. Bom, isso pode ser assunto para outra postagem, diretamente relacionada ao universo dos quadrinhos.
Heath Ledger, como o Coringa, roubou o filme, mas os demais atores do elenco também estão ótimos. Começando pelo Christian Bale (quem diria aquele menininho franzino e espivetado de Império do Sol), mais uma vez está muito convincente no papel - interpretando o melhor Batman de todos os tempos, onde se vê claramente toda sua preocupação existencialista, suplantando qualquer dualismo entre o bem e o mal que poderia haver dentro de si, acima de qualquer princípio. Gary Oldman, Michael Caine e Morgan Freeman, repetindo seus papéis do filme anterior, dão um charme especial. Tem também Aaron Eckhart que sempre admirei, e Maggie Gyllenhaall, que achei fabulosa no filme Mais Estranho que a Ficção, está no lugar da Katie Holmes - sei lá o motivo, mas a troca foi certeira - tirando o aspecto insosso da personagem.
Há uma aura de pessimismo no ar de Gotham que dá uma sensação de perda, de que tudo será eternamente um caos, muito bem transmitido ao espectador graças ao competente trabalho de fotografia, direção de arte, som e trilha sonora. Esse clima sombrio, degradante, imposta na cidade pelo Coringa, é que dá o tom insano, forçando, manipulando diversos personagens a romper com suas próprias verdades em prol de algo maior, motivados pelas circunstâncias e, assim, todos caem nas armadilhas do hábil vilão.
O filme é repleto de cenas mirabolantes e de enquadramentos sombrios, e eu não podia deixar de destacar umas das melhores - a do vilão pendurado por uma corda, capturado pelo Homem-Morcego. Nesta cena, um dos momentos mais significativos de toda a trama, ficamos diante de um terrível misto de lucidez e loucura dentro de uma confusa massa cinzenta de um homem que nada mais é do que um desmitificador dos valores humanos. O genial Christopher Nolan iniciou a cena com o Coringa de cabeça para baixo e, nem lento nem rápido demais, vira a câmera, em close, de maneira que não o vemos mais naquela posição, e, sim, como se estivesse virado para cima. Tal qual numa carta de baralho, onde vemos o coringa de cabeça para cima e ao contrário, simultaneamente.
Essa engenhosidade do diretor, utilizando habilmente esse artifício simbólico, é o que poderia haver de melhor para desconstruirmos o personagem, aliado, obviamente, ao que foi proferido pelo vilão naquele momento, capaz de nos levar a rever determinados conceitos. Prefiro não citá-los. Veja o filme e tire suas próprias conclusões. Levando em consideração quantas vezes você já riu de suas próprias piadas. Sozinho.
sábado, 9 de agosto de 2008
Sem pique
Acabei de ver pela segunda vez o novo filme do Batman e voltei para casa pensando em postar algo sobre ele. Perdi o pique – que saco!
Me conheço. É temporário. Logo passa. E logo vai acontecer novamente!...
Mas só depois da pizza.