segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Parte de mim
O que a luz me privou
A escuridão me ensinou
Assim
Custei enxergar no intervalo dos sonhos
A parte do meu mundo que se desfez
Não fosse a barreira da luz
A insensatez teria invadido
O resto que ficou
A escuridão me ensinou
Assim
Custei enxergar no intervalo dos sonhos
A parte do meu mundo que se desfez
Não fosse a barreira da luz
A insensatez teria invadido
O resto que ficou
Não fosse o trajeto da escuridão
O que ficou não teria fim
Enfim
Tudo passa
E tudo não passa
De parte de mim
Não é a melhor parte
Mas faz parte de mim
Márcio Luiz Soares
* * *
Resolvi abrir, outra vez, uma frestinha da gaveta.
sábado, 28 de novembro de 2009
Abrir(-se)
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Qualquer dia desses
Qualquer dia desses
Mudo meu jeito de viver
Dispo-me das regras sociais
Fico rebelde, enlouqueço.
Qualquer dia desses
Conto piadas bem fortes
Ando descalça na rua
Tiro até minhas roupas
Posso até ficar nua.
Qualquer dia desses
Trepo em uma árvore bem alta
Se cair não faço falta
E como frutas fresquinhas.
Qualquer dia desses
Volto a viver a vida
Encontros em qualquer esquina
Até encontrar a saída.
Qualquer dia desses
Subo no coreto da praça
Declamo um poema do Neruda
Quem sabe isso ajuda.
Que seja um poema de amor
Pra espantar dessa cidade
Essa onda de horror
Dos menores de idade.
Qualquer dia desses
Viro “adulta” de rua
E durmo nas calçadas, nos guetos
Sentindo a realidade nua e crua.
Qualquer dia desses
Canto um tango
Danço samba
Bolero, funk de rua
Sentindo de perto o calor humano
Cantando versos pra lua.
Sue Nery
Mudo meu jeito de viver
Dispo-me das regras sociais
Fico rebelde, enlouqueço.
Qualquer dia desses
Conto piadas bem fortes
Ando descalça na rua
Tiro até minhas roupas
Posso até ficar nua.
Qualquer dia desses
Trepo em uma árvore bem alta
Se cair não faço falta
E como frutas fresquinhas.
Qualquer dia desses
Volto a viver a vida
Encontros em qualquer esquina
Até encontrar a saída.
Qualquer dia desses
Subo no coreto da praça
Declamo um poema do Neruda
Quem sabe isso ajuda.
Que seja um poema de amor
Pra espantar dessa cidade
Essa onda de horror
Dos menores de idade.
Qualquer dia desses
Viro “adulta” de rua
E durmo nas calçadas, nos guetos
Sentindo a realidade nua e crua.
Qualquer dia desses
Canto um tango
Danço samba
Bolero, funk de rua
Sentindo de perto o calor humano
Cantando versos pra lua.
Sue Nery
* * *
Valeu, Sue. Brigadão.
Márcio.
Márcio.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O sucesso é cego
Quando uma pessoa está perdidamente apaixonada, só tem olhos para o amor, só enxerga as qualidades e virtudes do ser amado, é tudo lindo e maravilhoso. Não é capaz de perceber fraquezas, defeitos nem contradições de seu adorado, pois, como diz o velho ditado, “o amor é cego”.
O sucesso também é cego, sabia? É natural que, quando a carreira deslancha e tudo dá certo, um sentimento de empolgação tome conta de nós. O problema é que podemos ficar cada vez mais focados em nossos objetivos e motivados para novas conquistas; passamos a só ter olhos para o sucesso e deixamos de enxergar coisas importantes na vida.
Deixamos de enxergar os outros, por exemplo. O sucesso pode nos dar a (falsa) ideia de que somos autosuficientes, poderosos, capazes de fazer tudo sozinhos – logo, não precisamos de conselhos, sugestões, opiniões e muito menos ajuda dos outros. Mesmo que não tenhamos a intenção de parecer arrogantes ou donos da verdade, acabamos repelindo as pessoas, pois elas sentem que não têm importância para nós e se distanciam. Desaprendemos a nos relacionar e confirmamos o famoso mito da "solidão do poder"...
Agora, se não enxergamos os outros, podemos também deixar de enxergar a realidade, pois ela não é só o que vemos: é também aquilo que os outros nos mostram. Um típico exemplo disso se passou com uma amiga. Funcionária de um banco há muitos anos, havia chegado a um cargo gerencial e estava tendo muito sucesso. Um belo dia o banco foi comprado, sofreu uma reestruturação e minha amiga foi transferida para um setor menos importante. Havia algo estranho no ar, mas ela não percebia nada de anormal: afinal, era uma profissional bem-sucedida e não tinha com o que se preocupar.
Meses depois foi transferida de novo, e para um setor ainda menos importante. A família e os amigos mais chegados tentaram alertá-la de que algo drástico estava por vir, mas ela, muito autoconfiante, não deu atenção. Semanas depois, foi demitida, e só então “caiu a ficha”: estava recebendo claros sinais de que sua bem-sucedida carreira na empresa estava no fim, mas não percebia isso. É a tal história: o sucesso reforça nossa autoconfiança, o que é ótimo, mas torna-se perigoso quando nos faz incapazes de enxergar os alertas que os outros nos dão.
Pior ainda é quando nos tornamos incapazes de enxergar nós mesmos. O sucesso nos faz ter olhos para o que queremos, mas desvia a atenção daquilo que sentimos. A mente pede descanso, o corpo padece, o relacionamento afetivo balança, os amigos se afastam... E a gente faz de conta que nada está acontecendo. Até o dia em que a casa cai, ficamos doentes ou temos uma crise na vida pessoal, e não podemos mais ignorar nossas dores e desconfortos.
Por isso, fique atento: o sucesso é cego, e aliás surdo também. É maravilhoso que ele aconteça, desde que não seja às custas de outras coisas importantes na vida.
Leila Navarro
O sucesso também é cego, sabia? É natural que, quando a carreira deslancha e tudo dá certo, um sentimento de empolgação tome conta de nós. O problema é que podemos ficar cada vez mais focados em nossos objetivos e motivados para novas conquistas; passamos a só ter olhos para o sucesso e deixamos de enxergar coisas importantes na vida.
Deixamos de enxergar os outros, por exemplo. O sucesso pode nos dar a (falsa) ideia de que somos autosuficientes, poderosos, capazes de fazer tudo sozinhos – logo, não precisamos de conselhos, sugestões, opiniões e muito menos ajuda dos outros. Mesmo que não tenhamos a intenção de parecer arrogantes ou donos da verdade, acabamos repelindo as pessoas, pois elas sentem que não têm importância para nós e se distanciam. Desaprendemos a nos relacionar e confirmamos o famoso mito da "solidão do poder"...
Agora, se não enxergamos os outros, podemos também deixar de enxergar a realidade, pois ela não é só o que vemos: é também aquilo que os outros nos mostram. Um típico exemplo disso se passou com uma amiga. Funcionária de um banco há muitos anos, havia chegado a um cargo gerencial e estava tendo muito sucesso. Um belo dia o banco foi comprado, sofreu uma reestruturação e minha amiga foi transferida para um setor menos importante. Havia algo estranho no ar, mas ela não percebia nada de anormal: afinal, era uma profissional bem-sucedida e não tinha com o que se preocupar.
Meses depois foi transferida de novo, e para um setor ainda menos importante. A família e os amigos mais chegados tentaram alertá-la de que algo drástico estava por vir, mas ela, muito autoconfiante, não deu atenção. Semanas depois, foi demitida, e só então “caiu a ficha”: estava recebendo claros sinais de que sua bem-sucedida carreira na empresa estava no fim, mas não percebia isso. É a tal história: o sucesso reforça nossa autoconfiança, o que é ótimo, mas torna-se perigoso quando nos faz incapazes de enxergar os alertas que os outros nos dão.
Pior ainda é quando nos tornamos incapazes de enxergar nós mesmos. O sucesso nos faz ter olhos para o que queremos, mas desvia a atenção daquilo que sentimos. A mente pede descanso, o corpo padece, o relacionamento afetivo balança, os amigos se afastam... E a gente faz de conta que nada está acontecendo. Até o dia em que a casa cai, ficamos doentes ou temos uma crise na vida pessoal, e não podemos mais ignorar nossas dores e desconfortos.
Por isso, fique atento: o sucesso é cego, e aliás surdo também. É maravilhoso que ele aconteça, desde que não seja às custas de outras coisas importantes na vida.
Leila Navarro
* * *
[texto encaminhado por Samantha Rangel]
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Aqui jaz - retrato da solidão
Os coveiros, a equipe de reportagem e uma chuva torrencial foram as únicas testemunhas daquele sepultamento ocorrido no último dia 15, exatamente às 8h11. Dentro do caixão que baixou na cova rasa tomada pelo barro do Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP), estava um homem idoso, que não foi procurado por nenhum parente ou conhecido nos últimos meses.
Nada de orações, nada de despedidas, nada de lágrimas naquela manhã. O que se viu foi apenas o trabalho rápido e sério de quem precisou enfrentar a lama e um temporal para dar um descanso final a uma pessoa que para nós, vivos, acaba sendo considerada apenas um indigente. Toda a sua história de vida, o seu passado e suas ações na face da Terra estavam apagadas. Era apenas um corpo precisando encontrar um espaço para ser, aí sim, esquecido para sempre.
Quis o destino que, até em seus momentos finais, aquele homem ficasse sozinho. A caminho de uma quadra nos fundos do cemitério, a forte chuva pegou os coveiros de surpresa. Sem condições de fazer o seu serviço, eles foram, com razão, se abrigar em um local coberto e deixaram o carrinho com o caixão embaixo de uma árvore em um dos corredores dos túmulos. A cena era tocante. Ali estava, definitivamente, uma pessoa cumprindo a sua sina de não ter ninguém ao seu lado...
Fábio Gallacci
Jornal Correio Popular – Editoria Cidades
Campinas 01/11/2009
Nada de orações, nada de despedidas, nada de lágrimas naquela manhã. O que se viu foi apenas o trabalho rápido e sério de quem precisou enfrentar a lama e um temporal para dar um descanso final a uma pessoa que para nós, vivos, acaba sendo considerada apenas um indigente. Toda a sua história de vida, o seu passado e suas ações na face da Terra estavam apagadas. Era apenas um corpo precisando encontrar um espaço para ser, aí sim, esquecido para sempre.
Quis o destino que, até em seus momentos finais, aquele homem ficasse sozinho. A caminho de uma quadra nos fundos do cemitério, a forte chuva pegou os coveiros de surpresa. Sem condições de fazer o seu serviço, eles foram, com razão, se abrigar em um local coberto e deixaram o carrinho com o caixão embaixo de uma árvore em um dos corredores dos túmulos. A cena era tocante. Ali estava, definitivamente, uma pessoa cumprindo a sua sina de não ter ninguém ao seu lado...
Fábio Gallacci
Jornal Correio Popular – Editoria Cidades
Campinas 01/11/2009
* * *
Foto de André Tuffy (02/2009)
terça-feira, 24 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Planos
Não sou um primor de organização, mas gosto das coisas certas, de uma certa arrumação, de ver os objetos no seu devido lugar e acho saudável fazer planos para o futuro. Como muita gente.
Vários dos planos que fiz da minha vida para este ano deram errado. O pior é que fiz poucos planos! Isso é normal, dependendo de certos parâmetros estabelecidos, sempre existe a possibilidade de algo dar errado e seria surpreendente se tudo desse certo. E nem é preciso lembrar de Murphy. Quando quebrei o pé e tive que ficar em casa me recuperando, vi escorrer pelo ralo do inconformismo, a cada semana, a cada dia, a cada hora [oh, Deus!], muita coisa que havia planejado para este ano. Inclusive do próximo ano – o que me deixou mais estressado.
Como o ano ainda não terminou, vou me esforçar e torcer para que alguns daqueles planos dêem certo. Sou otimista por natureza, não costumo pintar um quadro desesperador, mas quando vejo que muitas coisas fogem do meu controle, começo a vislumbrar o pior. Dura pouco. Porém, nem deveria acontecer. O que me consola é que tudo não passa de uma reação natural do ser humano. A gente se arma perante os acidentes de percurso e nem sempre consegue apenas se lamentar, sem esbravejar, sem xingar o mundo todo. No entanto, é exatamente no momento de extremo pessimismo, quando me vejo mergulhado num lago de desesperança, acuado, que vejo a bóia da realidade na superfície e a agarro me fazendo acreditar que nem tudo está perdido. Ainda bem. Só que nessa altura do campeonato, a gastrite já tomou conta do pedaço!
De qualquer forma, com o tempo me recupero bem e chuto o balde. Neste ponto, paro de planejar os meus passos (ou a grande maioria deles), deixo que muita coisa aconteça e no final acabo vendo que foi a escolha certa.
O estranho de tudo isso é o fato de tornar a acontecer ano a ano, se repetindo e parece que nunca aprendo. Faço planos, alguns não dão certo, nem me importo tanto; outros não dão certos também, mas me estresso pacas, me aborreço, fico mal, para depois apertar o botão do “nem te ligo” e o resultado final acaba sendo positivo. O ano rendeu. Apesar das perdas.
Respeito muito o Senhor Destino, mas sou daqueles que acreditam que somos nós que temos as rédeas, que optamos por um ou outro caminho e, inclusive, por deixar a coisa rolar livremente. E por decidir deixar as coisas acontecerem, mesmo ficando na mão do destino, é que vejo o quanto a vida pode preparar algumas boas surpresas. Contando com uma ajudinha da sorte, habitando em algum canto junto com as chances e os planos, e me confortando em saber que não posso saber de tudo.
Assim, vou escrevendo o roteiro da minha vida, sem saber qual será o final. Apenas que terá um fim.
* * *
Vários dos planos que fiz da minha vida para este ano deram errado. O pior é que fiz poucos planos! Isso é normal, dependendo de certos parâmetros estabelecidos, sempre existe a possibilidade de algo dar errado e seria surpreendente se tudo desse certo. E nem é preciso lembrar de Murphy. Quando quebrei o pé e tive que ficar em casa me recuperando, vi escorrer pelo ralo do inconformismo, a cada semana, a cada dia, a cada hora [oh, Deus!], muita coisa que havia planejado para este ano. Inclusive do próximo ano – o que me deixou mais estressado.
Como o ano ainda não terminou, vou me esforçar e torcer para que alguns daqueles planos dêem certo. Sou otimista por natureza, não costumo pintar um quadro desesperador, mas quando vejo que muitas coisas fogem do meu controle, começo a vislumbrar o pior. Dura pouco. Porém, nem deveria acontecer. O que me consola é que tudo não passa de uma reação natural do ser humano. A gente se arma perante os acidentes de percurso e nem sempre consegue apenas se lamentar, sem esbravejar, sem xingar o mundo todo. No entanto, é exatamente no momento de extremo pessimismo, quando me vejo mergulhado num lago de desesperança, acuado, que vejo a bóia da realidade na superfície e a agarro me fazendo acreditar que nem tudo está perdido. Ainda bem. Só que nessa altura do campeonato, a gastrite já tomou conta do pedaço!
De qualquer forma, com o tempo me recupero bem e chuto o balde. Neste ponto, paro de planejar os meus passos (ou a grande maioria deles), deixo que muita coisa aconteça e no final acabo vendo que foi a escolha certa.
O estranho de tudo isso é o fato de tornar a acontecer ano a ano, se repetindo e parece que nunca aprendo. Faço planos, alguns não dão certo, nem me importo tanto; outros não dão certos também, mas me estresso pacas, me aborreço, fico mal, para depois apertar o botão do “nem te ligo” e o resultado final acaba sendo positivo. O ano rendeu. Apesar das perdas.
Respeito muito o Senhor Destino, mas sou daqueles que acreditam que somos nós que temos as rédeas, que optamos por um ou outro caminho e, inclusive, por deixar a coisa rolar livremente. E por decidir deixar as coisas acontecerem, mesmo ficando na mão do destino, é que vejo o quanto a vida pode preparar algumas boas surpresas. Contando com uma ajudinha da sorte, habitando em algum canto junto com as chances e os planos, e me confortando em saber que não posso saber de tudo.
Assim, vou escrevendo o roteiro da minha vida, sem saber qual será o final. Apenas que terá um fim.
* * *
[Ilustração de Mark Kostabi, “The Big Drawing” (1991)]
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Educação: uma porta de saída
Ok, eu já considerava ter passado da hora de postar algo por aqui. As cobranças, como já aconteceram outras vezes, vieram. Não me importo com isso. Pelo contrário. Já tinha ensaiado escrever ou reproduzir algo, porém, tinha que vir acompanhado de um clipe, como tem sido de praxe ultimamente nas minhas primeiras postagens de cada mês. E para contentar o Marcello e a Samantha - que descobriram esta minha opção - o clipe tem alguma coisa a ver com o mês da postagem. E é bom que eles saibam que isso não será sempre assim, não. Como tudo na vida, um dia acaba. (risos)
Ao menos eu tenho dado sorte. Ainda. Penso numa determinada música, procuro o clipe e encontro. Nem sempre é aquele que eu gostaria, mas ou dá pro gasto ou supera minhas expectativas.
Estava vasculhando minhas anotações e antes de encontrar alguma coisa, lembrei de uma canção interessante do Natiruts, Povo Brasileiro, e, por sorte, encontrei um clipe bem bacaninha no Youtube. Não lembrei da música por acaso - fui induzido pelo meu subconsciente (é, eu acredito nisso sim!), pois recentemente li algumas matérias num jornal e participei de um fórum virtual sobre o mesmo tema: a segregação social.
Gosto de debates, principalmente quando a discussão toma rumos interessantes e quando proporciona um aprendizado mais amplo aos participantes. Neste que participei, concluímos que (e não poderia ser diferente), a diminuição da segregação social se tornará possível com a melhora da qualidade da educação pública, substancialmente, não se limitando apenas à instrução, de uma maneira que afete todas as classes sociais. Muito se falou sobre evoluções radicais, defendendo novas formas de polarização sócio-econômica, maior participação da sociedade e das instituições e empresas socialmente responsáveis (estas já têm uma participação considerável), e a ocorrência de uma mutação econômica emergente, no entanto, sempre convergindo para a educação.
É óbvio que qualquer governo já sabe o que precisa ser realizado, quais as diretrizes que devem ser aplicadas, assim como os formadores de opinião influentes nas administrações públicas reconhecem sua importância e necessidade. Mas porque tão pouco é efetivamente feito? Qual o motivo da lentidão? Houve muitas respostas no fórum e existem diversas dentro de cada um de nós. Algumas delas têm a ver com os nossos braços cruzados e a nossa impotência.
Bom, eu vou deixar uma pequena contribuição por aqui, talvez consiga arrancar uma reflexão, esperando que cada um faça a sua parte - se possível, claro -, após ler a frase abaixo, ver as imagens do clipe e ouvir a letra da canção.
* * *
Ao menos eu tenho dado sorte. Ainda. Penso numa determinada música, procuro o clipe e encontro. Nem sempre é aquele que eu gostaria, mas ou dá pro gasto ou supera minhas expectativas.
Estava vasculhando minhas anotações e antes de encontrar alguma coisa, lembrei de uma canção interessante do Natiruts, Povo Brasileiro, e, por sorte, encontrei um clipe bem bacaninha no Youtube. Não lembrei da música por acaso - fui induzido pelo meu subconsciente (é, eu acredito nisso sim!), pois recentemente li algumas matérias num jornal e participei de um fórum virtual sobre o mesmo tema: a segregação social.
Gosto de debates, principalmente quando a discussão toma rumos interessantes e quando proporciona um aprendizado mais amplo aos participantes. Neste que participei, concluímos que (e não poderia ser diferente), a diminuição da segregação social se tornará possível com a melhora da qualidade da educação pública, substancialmente, não se limitando apenas à instrução, de uma maneira que afete todas as classes sociais. Muito se falou sobre evoluções radicais, defendendo novas formas de polarização sócio-econômica, maior participação da sociedade e das instituições e empresas socialmente responsáveis (estas já têm uma participação considerável), e a ocorrência de uma mutação econômica emergente, no entanto, sempre convergindo para a educação.
É óbvio que qualquer governo já sabe o que precisa ser realizado, quais as diretrizes que devem ser aplicadas, assim como os formadores de opinião influentes nas administrações públicas reconhecem sua importância e necessidade. Mas porque tão pouco é efetivamente feito? Qual o motivo da lentidão? Houve muitas respostas no fórum e existem diversas dentro de cada um de nós. Algumas delas têm a ver com os nossos braços cruzados e a nossa impotência.
Bom, eu vou deixar uma pequena contribuição por aqui, talvez consiga arrancar uma reflexão, esperando que cada um faça a sua parte - se possível, claro -, após ler a frase abaixo, ver as imagens do clipe e ouvir a letra da canção.
* * *
“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.
Paulo Freire
Paulo Freire
Assinar:
Postagens (Atom)