segunda-feira, 26 de março de 2012

Morreram Chico Anysio









“No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os políticos têm medo do passado.”

Chico Anysio e uma de suas célebres frases sobre política.


Seus personagens que imortalizaram os bordões:

“Eu tenho horror a pobre, quero que pobre se exploda. Pobre não nasce, aparece.”
Justo Veríssimo, político corrupto e salafrário.

“Pra quem ri di eu, minha vingança sará maligrina!”
Bento Carneiro, vampiro brasileiro.

“Sou, mas quem não é?”
“Derrama meu sangue, mas não derrama meu uísque”
Tavares, o alcoólatra.

“Não garavo”
 Alberto Roberto, ator canastrão.

“Aff, tô morta!...”
Painho, o pai-de-santo mais famoso do Brasil.

"Mas, hein?"
Coalhada, jogador de futebol perna-de-pau.

"É mentira, Terta?"
Coronel Pantaleão, mentiroso nato.

“E o salário, ó!”
“É vapt-vupt!”
Raimundo, o professor nordestino.




Clique nas imagens para ampliar.

***
Charges: Dálcio Machado, Amarildo, Bennet, Chico Caruso e Quinho

quinta-feira, 22 de março de 2012

Consciência




Consuma de forma consciente. A natureza pede. O mundo agradece.

O futuro também.


22 de março - Dia Mundial da Água


Márcio Luiz Soares

domingo, 18 de março de 2012

Noite sem fim




Toda Noite e toda Manhã
Alguns nascem para a Miséria
Toda Manhã e toda Noite
Alguns nascem para o Doce Deleite,
Alguns nascem para o Doce Deleite,
Alguns para a Noite sem Fim.


William Blake
Augúrios da Inocência

*
Every Night and every Morn
Some to Misery are born
Every Morn and every Night
Some are born to Sweet Delight,
Some are born to Sweet Delight,
Some are born Endless Night.

(Auguries of Innocence)

* * *
Imagem: Flickr - Galeria de Ana Gentili.


sábado, 10 de março de 2012

O Rio em miniatura





Muita gente não entende (e muitas não querem entender) a importância e a grandiosidade dos desfiles de Carnaval, uma das maiores manifestações da cultura brasileira. Um trabalho imenso que desde a escolha do tema, do enredo, das fantasias, e toda a organização, envolve muito dinheiro, tempo e dedicação. Sobretudo no Rio de Janeiro, considerada mundialmente como a face do Brasil, cidade que detém o título de recordista da maior e mais famosa festa de Carnaval e por ser a que mais atrai turistas neste período.

Música, fantasias, máscaras, dança, desfile e muita festa, tudo isso foi excepcionalmente descrito e registrado num vídeo incrível feito pelo diretor de cinema, produtor e músico, o brasileiro Jarbas Agnelli, em parceria com um australiano, o fotógrafo e cineasta Keith Loutit.

O produto final é nada menos que sensacional. Agnelli exibe o cotidiano do Rio e o desfile de carnaval de uma forma que nunca foi vista. Nos cinco dias de carnaval, a dupla disparou 167.978 clicadas, para editar de forma magistral um filme feito no estilo tilt-shift intitulado A Cidade do Samba. O Rio em grandiosa miniatura.

Destaque para a trilha sonora composta pelo próprio Agnelli, de extremo bom gosto. A partitura original se encaixa perfeitamente com o que está sendo visto e transmite todas as emoções na medida certa. Coisa de cinema.

Assistindo o vídeo, você mal percebe que são fotografias, pois o efeito tilt-shift faz tudo parecer que são maquetes ou que são miniaturas feitas de massinha. Uma bela mistura de técnica e sensibilidade permeada de sentimento e encantamento. Simplesmente genial.


Márcio Luiz Soares



quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher, mulher





Mulher, mulher
Na escola em que você foi ensinada
Jamais tirei um dez
Sou forte mas não chego aos seus pés

Erasmo Carlos


É mais feliz aquela mulher que admite pra si mesma: "Ser mulher é uma poesia às vezes difícil de compreender e outras tantas difícil de escrever, mas que é uma delícia de viver!".

Se precisa mesmo de um único dia para a mulher ser lembrada pelo seu esforço e dedicação, se tem que existir um dia especial para que todos desejem que elas conquistem cada vez mais seus desejos e alcancem cada vez mais seus sonhos, então que seja hoje!

Queridas navegantes, feliz Dia Internacional da Mulher!

Um feliz dia da mulher não apenas hoje, mas todos os dias.


Márcio Luiz Soares

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Quer ouvir a música do Erasmo? Então vai aqui e clica no play.


terça-feira, 6 de março de 2012

Parte da trilha




A voz de Yoav e a entonação que ele consegue imprimir conforme movimenta as cordas da sua guitarra acústica é de uma sintonia assombrosa, além de ser capaz de provocar uma distintividade extraordinária, diria que até hipnótica! O cara felizmente está cimentando um novo conceito neste mercado tão disputado, e os DJ's de plantão estão fazendo a festa.

Ele tem um jeito elegante de cantar que rapidamente nos envolve e de repente a gente se vê dançando ou mexendo alguma parte do corpo. Isso se conseguir não mexer o corpo todo!

É ouvir, absorver, viajar e sumir por uns minutos. Se é que me entende.

Se desejar ouvir uma versão mais dançante da Beautiful Lie (clipe oficial abaixo), clica aqui. Como de costume, a letra e a tradução estão aqui.




Se quiser te mando outras versões em áudio. É só pedir. Aproveita que eu tô bonzinho.


Márcio Luiz Soares

domingo, 4 de março de 2012

A arte de perder




Uma Arte


Não é tão difícil dominar a arte de perder;
tanta coisa parece preenchida pela intenção de ser perdida
que sua perda não é nenhum desastre.

Perca algo a cada dia. Aceite a agitação
de perder as chaves da porta, a hora mal gasta.
A arte de perder não é difícil de dominar.

Então, pratique perder mais, perder mais rápido:
lugares, nomes, e para onde foi que você quis
viajar. Nenhum deles trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe. E olhe! meu passado, ou
recentemente, três casas amadas se foram.
A arte de perder não é difícil de dominar.

Perdi duas cidades lindas. E, mais vasto,
alguns reinos que possuía, dois rios, um continente.
Sinto falta deles, mas não foi um desastre.

- Mesmo perder você (a voz brincando, um gesto
que eu amo) não posso mentir. É evidente
que a arte de perder não é muito difícil de dominar
embora possa parecer (Escreva isto!) um desastre.



Elizabeth Bishop

* * *
One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three beloved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) a disaster.


Elizabeth Bishop


* * *
Imagem: Flickr – Galeria de Kaddy