quarta-feira, 4 de junho de 2008
Sonho
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
Fernando Pessoa
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2 comentários:
Pessoa, sempre! Ótima escolha.
Abraços
ei, esse é o cara! e tem a ver com aquela nossa conversa com a Simone! vc, hein? hehehe tem poesia q não dou a mínima, mas as poesias dele, realmente, demais. abraços
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