terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O dia em que a Terra quase parou





Ainda estou curtindo as férias, alguns passeiozinhos, algumas viagenzinhas, algumas idas ao clube, um pouquinho de tédio (culpa das chuvas! arghhh!...), e muito, muito sofá! E quando possível uma poltrona de cinema. Gostei de alguns filmes que assisti nas últimas semanas, mas os melhores foram na tela da tv mesmo. Pensei que ia começar o ano assistindo um daqueles filmões hollywoodianos, no entanto, não foi bem assim. Foi um tanto quanto decepcionante, pois escolhi O Dia em que a Terra Parou.

Sou muito fã de ficção científica, seja em filmes, em seriados ou em livros. Quando muito menino assisti pela televisão a versão original, lançada em 1951, filmado com muita sutileza por Robert Wise, provando que era possível realizar um filme de ficção científica sem monstros horríveis ou invasores destruidores, de maneira competente e séria. Pelo que me lembro foi justamente com este filme que virei fã do gênero. A produção original mostrava o alienígena Klaatu (uma espécie de policial intergaláctico) aterrisar na Terra para passar a mensagem de que a era atômica era um perigo para a humanidade. Lembro que fiquei aborrecido com a reação dos americanos ao tentarem matá-lo. E me lembro muito bem do tanto que vibrei ao ver como o robô Gort (foto), protetor do Klaatu, reagiu. E também ficou gravado na minha mente a frase dita por uma das personagens: "Gort, Klaatu barada nikto". O filme têm momentos de tensão e quando a nave e Gort apareciam parecia que haveria algum tipo de extermínio ou alguma surpresa chocante. Torci durante o filme todo para que Klaatu conseguisse convencer os humanos de um fim tão provável, que era preciso parar com as guerras e tudo mais (o filme foi lançado durante a Guerra Fria). Um filme indispensável para fãs ou não.

Já na refilmagem, quando vieram os créditos finais, inicialmente fiquei com a impressão de que haveria uma continuação, depois a ficha caiu e percebi que foi simplesmente um erro coletivo: do diretor, do roteirista e dos produtores. Um filme sem conclusão plausível, sem fazer a gente parar para refletir e pensar no que aprendeu. Mesmo sabendo que o fim do planeta não está tão longe assim se a gente não poluir menos e dar as nossas contribuições em tudo que consumir e se desfazer. Enfim, fiquei triste com a refilmagem de um clássico ser tão inferior.

Bom, não é de todo ruim, e quem não conhece o original é capaz de se impressionar em alguns momentos. A mensagem foi bem transmitida pelo Klaatu, dessa vez referindo ao mal que o ser humano está fazendo ao seu próprio planeta ("seu planeta?"), com suas devastações, poluições e guerras. O início tem ritmo e suspense. O robô Gort (agora bem maior e mais intrigante - felizmente optaram por deixar o robô com a mesma aparência do personagem visto no original) apavora e sente-se a impressão de que ele irá dar muito trabalho. Alguns pontos positivos devem-se aos ótimos efeitos especiais. Keanu Reeves mais inexpressivo e frio do que nunca (fácil para ele...). Jennifer Connelly, bonita como sempre, também está presente no filme, fazendo uma cientista que auxilia Klaatu, mas... Bem, pelo menos se saiu bem melhor que Kathy Bates, que faz o papel de uma representante do governo americano - nunca vi uma interpretaçao tão fraca por parte dela. Quem também está no filme é Jaden Smith, filho de Will Smith (ambos fizeram juntos o interessante À procura da Felicidade). O menino fez bem seu papel: chato, reclamão, desobediente. Faz a gente torcer para que ele leve logo um tapa bem dado!

Para finalizar: a tensão desta vez está por conta da decisão de Klaatu em exterminar ou não os seres humanos. Previsível. Pórem, não deveria parar por aí. Quem sabe, assim, não deixasse de ser apenas um mero passatempo.

4 comentários:

Ana disse...

Voltando de viagem hoje (eu também estou de férias, e no finalzinho! buáá... rs), fiquei sem internet durante muito tempo! Por um lado foi bom para descansar, por outro estava com saudade de novidades!! rs E de cinema também! Agora fiquei na dúvida se assisto ou não este filme. Ou se vejo para ver se você está certo quanto ao espectadores que nunca virão a versão original, como eu! rs De qualquer forma é sempre bom saber de seus comentários.
Beijos

Unknown disse...

Oi Márcio. Concordo com vc, assisti a versão original e a atual. Nem tem comparação! E se a Ana que comentou antes voltar aqui, eu gostaria de entender o motivo de ela achar que nunca vai assistir ao filme original. Existe em dvd e recomendo.
Abraços
Sérgio

Ana disse...

Olá, Márcio e Sérgio (caso ele volte aqui). Voltei para comentar que assisti, recentemente, aos dois filmes. Corri nas locadoras pra ver se tinha a versão original. Achei na terceira locadora, pode??!! rs Sérgio, foi um erro da minha parte (ó, que constrangimento!): eu quis dizer "viram". I'm sorry, people!! rs
E foi como o Márcio comentou mesmo. A versão original, apesar de antiga e desatualizada (em algumas coisas) é supeior em tensão, roteiro e conclusão. Recomendo.
Márcio, tem um monte de filme estreando, onde estão seus comentários, meu querido??!! rs
Beijos

Anônimo disse...

eu não era de ver tanto filme assim no cinema, depois q comecei a acompanhar esse blog, ficou difícil!! rs tbem fui ver esse e não gostei muito, acheio médio. já tinha lido o q vc falou mas tinha q tirar minhas conclusões (viu só? rs). vou ter q dar a mão a palmatória e ver se acho o filme antigo. rs bjinhos samantha