terça-feira, 10 de agosto de 2010

Luz






Às vezes...
Muitas vezes queria ser como a Luz
Que vai abrindo caminhos na obscuridade
E o que não vejo nas sombras, se revelasse em mim
O espelho que miro, nem sempre me reflete
Pois meus olhos já o atravessaram

Então, reflito sobre luz e escuridão...
Não como positivo-negativo ou, se há luz - não há trevas
Mas, como portas que se abrem pelo lado de dentro
E para dentro, para o profundo... para o imenso
Talvez como quem mergulhe no mar
Sem saber a profundidade
Talvez porque procuro por aquilo que nem sei o que é,
Mas sei estar lá...

A luz que lanço tem sido insuficiente para o lado mais sombreado
Problemas não são trevas e nem desaparecem à presença da luz.
São desafios que temperam os dias e as noites – há que se encarar,
Com e sem medo de ser aprendiz


Há que se confiar que há uma saída para cada túnel


Se pudesse...
Levaria tudo pro aconchego da noite, pois ela me entende e me acolhe
No escuro da noite, viajo e sou luz do meu farol...
Vislumbro horizontes!
Para ver é preciso fechar bem os olhos, abrir alma e coração

Se a Luz, por si mesma resolve... o que saberá sobre trevas?
Mas, se as perguntas são outras
As respostas estão no imenso mar de si mesmo
Mergulhar sem lanternas, feito luz das cadentes no oceano



Madá Freire

2 comentários:

Madá Freire disse...

Oi Márcio, estou emocionada com tanta sensibilidade e carinho, AMEI! A imagem é linda, perfeita e diz tudo. Estou feliz por estar aí, ajudando a manter iluminado e de pé este saco de ideias e emoções. Parabéns pelo blog e muito obrigada.
beijos

Ana disse...

Eu também já me vi no escuro e mergulhada em mim mesma sem lanternas. Bastou a fé em mim mesma para enxergar diversas luzes reluzentes a todo momento de dor e falta de esperança. O importante é mantê-las acesas. Beijos