Vozerio
Colo
meu rosto na mesa e sinto frestas em minha pele
Estou
no espaço mudo onde o vasto pensar me cansa
A
luz se abstém e os lençóis mal vistos debruçam sobre a cama
O
desejo não vem e fraqueja a voz que rasga a garganta
Imersa
em terra firme que não racha
Confronto
a sombra de não dormir comigo
E
é esse barulho a me atormentar
Flagelando
as sequências de minha demência
Inquieta
no lugar que me afasta
Entrei
no espaço inexistente: eu
Que
sentimento moribundo balbucia-me?
Corta
palavras
Quebra
o silêncio
E
o barulho vem de dentro
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