terça-feira, 4 de novembro de 2008

Gato que brincas na rua



Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.


Fernando Pessoa


***
Atendendo a pedidos, postei a poesia na íntegra (publiquei apenas um trecho no mês passado - era só o que eu tinha! rs). Duas colaboradoras merecem meu agradecimento pelo grande auxílio prestado ao enviarem o texto completo: Margareth e Kátia. Brigadão, meninas!

4 comentários:

Ana disse...

Estão todos de parabéns!!! Demais essa poesia! Beijos

Unknown disse...

Tem horas que me transformo em gato e dou vivas pra liberdade!! rs

Marcello BBlanc disse...

bom, acho q sou mais pra cachorrão mesmo! hehehe bom, brincadeiras à parte, talvez por isso a minha felicidade é mais efemera do q deveria: não tenho o nada para mim...

Anônimo disse...

fala sério, completo retrata muito melhor! mas até q ficou bonzinho curtinho tbem... kkkkk bjus Samantha