Sonhos e
trapos...
Sou
um andarilho de pés nus,
de peito rasgado pelo sofrimento,
cabelos desalinhados pelo vento.
Sou um menino quase barbado,
um tanto violentado e sem sentimento.
Sou um ser apagado da sociedade,
um delinquente discriminado e valente.
Um menino sem sonhos e sem vaidade.
Estou desfigurado,
um menino em trapos,
que dorme em papelão puído.
Sou nada que me respeitem,
vagabundo, favelado,
rejeitado no meu canto poluído.
Não tenho cultura muito menos faculdade,
deste mundo fui excluído,
com tão pouca idade.
Nasci e fui abandonado,
no banco da praça largado.
As cores da minha vida foram apagadas,
com os chicotes das madrugadas.
Não sinto os sabores,
nem o calor de um abraço amigo.
Minha pele tem cicatrizes,
que não foram eu que fiz.
Se quer um mundo mais humano,
não cometa mais engano
ajude um menino de rua,
ser um pouco mais feliz!
de peito rasgado pelo sofrimento,
cabelos desalinhados pelo vento.
Sou um menino quase barbado,
um tanto violentado e sem sentimento.
Sou um ser apagado da sociedade,
um delinquente discriminado e valente.
Um menino sem sonhos e sem vaidade.
Estou desfigurado,
um menino em trapos,
que dorme em papelão puído.
Sou nada que me respeitem,
vagabundo, favelado,
rejeitado no meu canto poluído.
Não tenho cultura muito menos faculdade,
deste mundo fui excluído,
com tão pouca idade.
Nasci e fui abandonado,
no banco da praça largado.
As cores da minha vida foram apagadas,
com os chicotes das madrugadas.
Não sinto os sabores,
nem o calor de um abraço amigo.
Minha pele tem cicatrizes,
que não foram eu que fiz.
Se quer um mundo mais humano,
não cometa mais engano
ajude um menino de rua,
ser um pouco mais feliz!
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