quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Noite vazia





A fechadura invadiu o silêncio
Um eco perdido na escuridão

A casa o esperava sozinha
Escura
Sinuosa

Não houve o convite da cama
Fria
Imensa

Escondeu a solidão na sua lanterna mágica
Sem magia
Sem sono
Nem sonhos

Mais uma noite vazia


Márcio Luiz Soares

* * *
Imagem de Joana Puentes Vieira (Noite vazia, solidão acesa) – Blog Olhares

4 comentários:

Naira Souto disse...

Casamento perfeito de imagem e o sentimento da poesia. Quem há de pensar que não há em toda gente uma solidão a ser aparada, né? A cena de abertura, da fechadura perturbando o silêncio, é muito boa. a solidão estava arrumadinha e quieta...

bom, isso é um papo longo, de blog pra blog...r.s

Mantha disse...

eu to boba... muito boba... a poesia me deixou assim, de boca aberta de tão linda, tão profunda, tão chocante... ao ler parecia que eu via um filme, as cenas narradas exatamente como colocou, eu ia indo junto. e sofrendo junto. adorei, menino, não sei se vc tem noção de como gostei, do quanto me sensibilizou. apesar de triste, tem mais assim? maravilha. adoro tuas poesias, dos teus textos, dos textos do Sclinder... q bom q tá com agente pra continuar criando essas maravilhas. cuide-se. beijinhos. Samantha

Mantha disse...

q bom q tá com a gente, de verdade.

SILVIA TREVISANI disse...

Essa noite vazia ganhou magia na beleza dos seus versos.
Até a noite que não pensa, apenas nos faz pensar, projetou no silêncio o seu versejar.

Muito bom - adorei!

Silvia Trevisani