quarta-feira, 22 de abril de 2009

Falta de ociosidade





Segunda-feira passada foi ponto facultativo no meu trabalho, como para muita gente. Aproveitando o feriado da terça-feira, muitos aproveitaram para emendar com o fim de semana anterior e viajaram. Gostaria de ter feito o mesmo, mas a grana curta me impediu. Outra coisa que me impediria, talvez, seria lembrar do estresse que passei em diversos feriadões. Devido ao trânsito, claro. Sendo assim, curti em Campinas mesmo.

Aqui não temos, infelizmente, as mesmas opções que São Paulo, por exemplo, e nem chega perto. Mesmo somando com as cidades da região. Mas até que, sabendo aproveitar, temos boas alternativas. No entanto, decidi aproveitar os dias por aqui de forma bem dividida. A vantagem é que no sábado começou o 1º Festival da Leitura de Campinas e eu passei uma boa parte do tempo lá, obviamente. O festival segue até o dia 26, próximo domingo. Apesar de ser nos moldes do festival que acontece em Paraty, está longe de se aproximar de uma comparação - mesmo com atrações semelhantes. É uma ótima iniciativa e torço para que ocorram outros festivais da leitura nos próximos anos. Encontram-se lá os diversos estandes de vendas de livros de todos os gêneros, assim como algumas apresentações em vídeos e as mesas de debate, entre outros atrativos bem interessantes. Checando a programação completa, sinto falta de mais autores renomados. De qualquer forma, vale a pena visitar. Desde que começou, só hoje não fui. O encerramento contará com a presença do Toquinho - essa eu não quero perder.

Também aproveitei para fazer outras coisas, nestes dias todos. Me lembrei, neste instante, da primeira pergunta dirigida a mim, hoje, por uma colega de trabalho. Ela quis saber se aproveitei para viajar ou se fiquei na ociosidade, descansando. Respondi: nem uma coisa, nem outra. Não que eu não tenha descansado, mas não fiquei parado. Se não estava no festival, estava no cinema; se não estava fazendo compras para um almoço ou jantar mais requintado, estava lendo; se não estava recebendo amigos em casa, estava fazendo visitas; se não estava caminhando, estava vendo filme na televisão. Não que ver filmes ou ler não se faça descansando, relaxando, mas também não posso chamar de ociosidade. Não é assim que considero. Só quando vem acompanhado de tédio. Aí é um Deus nos acuda. Felizmente, tenho conseguido espantar qualquer sinal disso.

Há muito tempo, não sei o que é ficar sem fazer alguma coisa. Claro que tenho meus momentos de reflexão, relaxamento, porém, são tão poucos e tão breves, que nem considero tanto. Dormir já me basta. Sou do tipo que quando acorda, não gosta de ficar fritando na cama. Logo quero fazer algo, ganhar tempo. Aproveitar. Afinal, o tempo é tão curto. Voa. Principalmente quando estamos nos divertindo. Sei que essa é velha, um clichê (diga-se de passagem), mas é o que quero dizer. Além de ser muito verdadeira.

5 comentários:

Marcello BBlanc disse...

Marcião, eu sempre soube q vc gosta de aproveitar o seu tempo ao máximo! e tá certíssimo, meu amigo. eu já sou meio preguiçoso, como bem sabe! rs queria ter o seu ânimo, apesar de q acho vc um pouco caseiro. tb tá certo, o tempo voa qdo a gente se diverte, nem vê passar, logo acaba... ah, pegamos um trânsito horrível, na ida e voltando da praia tb, escapou de uma!! rs
abraços

Anônimo disse...

oi, meu querido. tb não considero q estar lendo ou assistindo filmes não esteja fazendo alguma coisa de útil. qdo estou ociosa estou de papo pro ar, pensando na vida ou em nada mesmo. rs meu avô costuma sentar na varanda de casa e olhar o movimento da praça em frente, da rua, dos vizinhos, depois entra em casa todo preguiçoso (se não cochilou sentado) ou arrumando algum motivo pra discutir com a gente (sabe lá o q ficou pensando lá fora! rs). achei engraçado o seu "fritando na cama"! rs sou bem diferente, fico horas dormindo ou fritando! rs depois reclamo q o dia foi curto e nada deu pra fazer! rs um dia eu aprendo!
e q legal esse festival, tenho vontade de conhecer o de Paraty, acho q vou a Campinas então, tá mais fácil. beijinhos Samantha

MARU disse...

Efectivamente, Márcio, descansar näo que dizer ficar deitado todo dia com pijama no sofá....
Descansar quer dizer trocar a atividade diaria, por outras atividades que näo podemos fazer por têr que trabalhar....
Descansar quer dizer poder fazer as coisas que realmente nos fazem faliz, que nós gostamos, ler, pintar, escrever, paseiar, dan´çar, fazer deporte, ver filmes, escutar música, etc. etc. etc.
Podemos chegar ao infinito........
Um beijo grande.

Ana disse...

Acredito que entendi o que quis dizer. Também não consigo ficar parada. Sempre procuro alguma coisa para fazer. E ter de fazer compras e preparar a casa para receber amigos, cozinhar e tudo o mais pode cansar também. Mas são tarefas gostosas, que compensam a correria. E é verdade, o tempo voa demais e nem sempre dá tempo de fazer tudo o que desejamos ou planejamos. Ou será que queremos muito? rs
Beijos

Saco de Bagulhos disse...

Cello - verdade, tenho meus momentos de caseirão, curtir a casa, a família, ver tv, ler e navegar na internet. Mas você bem sabe o quanto também gosto de sair, passear, viajar e curtir uma noitada. Acho que tem hora para tudo e não gosto de exagerar. Algo me dizia que não deveria viajar com vocês, mesmo gostando tanto de praia! rs abraço
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Samantha - recomendo conhecer o festival de Paraty, é muito interessante. Quanto ao seu "fritar" na cama, não é a única - o importante é fazer o que gosta, se achar que merece algumas horas a mais na cama, qual o problema? Eu e que durmo pouco mesmo (minhas olheiras confirmam isso! rs) beijo
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Luna - concordo contigo. De certa forma também quis dizer isso, mas forcei um pouco para demonstrar o quanto não fiquei parado: se não estava fazendo uma coisa, estava fazendo outra e, claro, confirmando o que você mencionou, sempre fazendo algo prazeroso. beijo
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Ana - é por aí mesmo. E quando é feito com prazer, por mais que a gente pense em descansar antes de acabar, tudo compensa. Até o próprio descanso é mais gostoso. Respondendo tua pergunta: queremos demais, queremos fazer diversas coisas ao mesmo tempo, ou uma datrás da outra e se não for bem planejado podemos atropelar as atividades. A gente se ocupa demais, por isso que o tempo não é suficiente ou dá a sensação de ter passado muito rápido. Beijo