sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Comitê de boas-vindas





Cá estou de volta pra minha terrinha querida, curtindo o que resta das merecidas férias. Já contei por aqui o tanto que gosto de Santos, e nem sei que magia tem essa cidade, capaz de me tranqüilizar, causando uma paz que ainda não encontrei em nenhum outro lugar – e duvido que seja pelo fato de ter vivido minha infância por aqui.

Nem me importo se a areia não é fofa e branquinha (nem tudo é perfeito), nem me importo se os turistas, ou parte da população mesmo, deixa pra trás muito lixo na praia – não, me importo sim, mas sabecomoéne? - a gente se acostuma... Nem me importo se chove muito mais do que eu gostaria, se tenho que esperar horas na fila do restaurante preferido, se o apartamento que estou hospedado não é de frente pro mar (mas é de lado, dá pra ver um tequinho).

O que importa é que me sinto bem, descanso a cabeça, sinto o cheiro e a brisa do mar, ouço o som reconfortante da quebra das ondas antes dos mergulhos, leio à beça, e faço caminhada pra dedéu na areia, bem na orla, pra compensar as brejas geladas.

E foi na primeira caminhada, ligando o rádio pra ouvir músicas (isso não pode faltar quando se caminha sozinho, jamais!), que, parecendo uma ajuda dos deuses, logo sintonizei uma estação que tinha colocado naquele exato momento uma música muito inspiradora, diante de tudo que estava vendo e desejando sentir durante minha estadia: Clarear, do Roupa Nova. Se não conhece, não lembra ou deseja recordar, clica no clipe que encontrei no Youtube, no final da postagem (antes, pause o player à direita).

Mas não parou por aí, não. A rádio fez uma seleção tão cuidadosa, alegre e gostosa que estava parecendo coisa de um comitê de boas-vindas exclusivo para mim! Um grande sucesso atrás do outro, daquelas que fazem parte da minha trilha sonora e até as que eu não conhecia ou não são tão famosas agora passaram a fazer parte. E como sou da turma que elegeu (e eternizou) as músicas dos anos 80 como sendo as melhores de todos os tempos, expressava um “uhu!”, ou um ‘uaaau” ou um “yesss!” a todo momento que tocava uma daquela época tão gostosa. O povo que passava por mim deve ter me achado meio doido. Teve uma senhora que primeiro se assustou, depois esboçou um sorrisão, como que entendendo o que se passava comigo.

É impressionante como a música mexe com a gente. Capaz de estimular; de marcar um momento, eternizar um acontecimento; de apaixonar; fazer moda; fazer sorrir ou chorar; ou, simplesmente, relaxar. Sem dúvida, uma das melhores criações do ser humano. O que seria de nós sem ela? Bom, esse pode ser papo pra uma outra hora.

Quando estive por aqui em 2009, descobri a rádio Classic Pan, muito boa também e recomendo. Desta vez, a causadora do meu bem-estar, e vai aqui outra dica boa, é a rádio Santa Cecília FM (107, 7 – Santos e região). Também pode ser acessada no site www.santaceciliafm.com.br. Que bom!

Agora vou continuar a ler mais algumas páginas de um ótimo livro antes de dormir e acordar para mais uma caminhada cheia de saudosismo e alegria. E de muito "uhu"!





4 comentários:

paloma andrade disse...

http://musicapraficarnahistoria.blogspot.com/

pra quem gosta de musica

Paloma andrade disse...

adoro a essa musica "a horse with no name"
parabéns pelo blog

Madá Freire disse...

oi Márcio, obrigada pela viagem..tb amo Santos e tenho lindas recordações. Conforme lia aqui, minha alma foi caminhar e cheirar o mar, visitei aquele lindo monumento de Tomie Otaki, que eu chamo de 'fita dançante'.. e tb soaram uns 'ahhh, que delícia!!! Férias é td de bom, aproveita mesmo!!! beijos

Rosangela O Araujo disse...

Oie!!! Que bom que curtiu, que pode recordar e ter momentos maravilhosos... e, obrigada pela dica da rádio... 10. Bjs, Rô