quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Educação: uma porta de saída






Ok, eu já considerava ter passado da hora de postar algo por aqui. As cobranças, como já aconteceram outras vezes, vieram. Não me importo com isso. Pelo contrário. Já tinha ensaiado escrever ou reproduzir algo, porém, tinha que vir acompanhado de um clipe, como tem sido de praxe ultimamente nas minhas primeiras postagens de cada mês. E para contentar o Marcello e a Samantha - que descobriram esta minha opção - o clipe tem alguma coisa a ver com o mês da postagem. E é bom que eles saibam que isso não será sempre assim, não. Como tudo na vida, um dia acaba. (risos)

Ao menos eu tenho dado sorte. Ainda. Penso numa determinada música, procuro o clipe e encontro. Nem sempre é aquele que eu gostaria, mas ou dá pro gasto ou supera minhas expectativas.

Estava vasculhando minhas anotações e antes de encontrar alguma coisa, lembrei de uma canção interessante do Natiruts, Povo Brasileiro, e, por sorte, encontrei um clipe bem bacaninha no Youtube. Não lembrei da música por acaso - fui induzido pelo meu subconsciente (é, eu acredito nisso sim!), pois recentemente li algumas matérias num jornal e participei de um fórum virtual sobre o mesmo tema: a segregação social.

Gosto de debates, principalmente quando a discussão toma rumos interessantes e quando proporciona um aprendizado mais amplo aos participantes. Neste que participei, concluímos que (e não poderia ser diferente), a diminuição da segregação social se tornará possível com a melhora da qualidade da educação pública, substancialmente, não se limitando apenas à instrução, de uma maneira que afete todas as classes sociais. Muito se falou sobre evoluções radicais, defendendo novas formas de polarização sócio-econômica, maior participação da sociedade e das instituições e empresas socialmente responsáveis (estas já têm uma participação considerável), e a ocorrência de uma mutação econômica emergente, no entanto, sempre convergindo para a educação. 



É óbvio que qualquer governo já sabe o que precisa ser realizado, quais as diretrizes que devem ser aplicadas, assim como os formadores de opinião influentes nas administrações públicas reconhecem sua importância e necessidade. Mas porque tão pouco é efetivamente feito? Qual o motivo da lentidão? Houve muitas respostas no fórum e existem diversas dentro de cada um de nós. Algumas delas têm a ver com os nossos braços cruzados e a nossa impotência.

Bom, eu vou deixar uma pequena contribuição por aqui, talvez consiga arrancar uma reflexão, esperando que cada um faça a sua parte - se possível, claro -, após ler a frase abaixo, ver as imagens do clipe e ouvir a letra da canção.

* * *
“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”.
Paulo Freire

5 comentários:

MARU disse...

Um povo inculto é um povo vulnerável.
Vulneráveis à ignorância, os preconceitos, a ser apresentado, enganado ...
Apenas a cultura, torna o homem / mulher livre.
Deixa pensar, quantificar, analisar, rejeitar o mal e fazer bem.
Um povo culto é um povo que sabe escolher, que decide por si ....
Um povo educado é um povo livre.

Unknown disse...

Só a cultura e a educação serão capazes de melhorar o país, mas com tanta corrupção na política e na polícia, tantos interesses excusos de pessoas ambiciosas ao extremo e tanta gente consumindo drogas, fica difícil vislumbrar que as segregações, a intolerância, a discriminação, o preconceito, a desigualdade social e a marginalização que impera livremente sejam dizimadas ou ao menos diminuídas nos próximos, sei lá, cinquenta anos. Espero estar enganado.
Que bom que deu sorte outra vez, Marcio, assim podemos desfrutar de uma canção simples, mas com muito a dizer.
Abraços

Ana disse...

Acho muito instrutivo, muito saudável estes debates, estas discussões, e por sorte não são apenas realizadas pelo povo, os governantes também promovem essas discussões em algumas esferas e com base nelas algumas atitudes são tomadas, mas como você muito bem citou, ainda é muito pouco e está longe de melhorar. No entanto, temos que fazer a nossa parte, cobrando, exigindo e levantando sempre essas questões. Exatamente como você, a banda Natiruts e muitos outros anônimos estão fazendo. Parabéns a todos.
Aliás, ótima escolhas, do tema e do vídeo.
Beijos

Mantha disse...

Que bom q vc tem sorte de achar um clipe interessante pra gente conhecer e/ou curtir por aqui. foi bom vc tocar no assunto, alertando pra uma situação q depende muito de cada um de nós, não basta saber o q precisa ser feito, temos q cobrar, exigir e além de td colaborar. to na campanha, meu querido!! bjinhos

Marcello BBlanc disse...

a princípio pensei q vc estava sendo cruel com a gente, mas é o fato: fazemos muito pouco pelas gerações futuras ou pra atual mesmo e pra grande maioria, cooperar, colaborar, incentivar a melhora da sociedade pela educação, acaba ficando pra trás, em último lugar (injustamente) da lista de "o que podemos fazer pra melhorar o nosso mundo"(!!). valeu, como sempre, amigão. abraços