quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Último Poema





Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.


Manuel Bandeira

4 comentários:

Renan Barreto disse...

Oi, Márcio. A paixão do suicida... Seria ela a morte? Por que o amor é isso, o belo é só o que é inalcansável, é divino. Quando é tocado, torna-se comum, torna-se mortal, então não é tão bom assim.

Gostei!!!

http://renanbarretoonline.blogspot.com/

Anônimo disse...

Um último poema, pequeno, sincero, tocante.
Linda lembrança.
Abraços moço ;)

.ana disse...

adorei:)

Ana disse...

Lindo. E sem mais comentários. Não precisa. Você, como sempre, compartilhando coisas maravilhosas com a gente.
Beijos